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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Carnaval de São Paulo 2017 | Análise de Samba: Mancha Verde



“Zé do Brasil. Um nome e muitas histórias”


Compositores: Celso Mody, Alê, Rodrigo e Wladimir Nascimento
Interprete: Freddy Vianna




Bate em meu peito a emoção
É verde e branco o meu amor
Orgulho e paixão
Nos braço da multidão
O samba reconhece o meu valor

No puro balanço do tambor, é Zé Pereira
Canto em brado a homenagem aos Josés, (Mancha Guerreira)
Do milagre à devoção, a fé, religião
Aos romeiros eu sou padroeiro e a salvação
O dom de curar em minhas mãos
Na voz um doce cantar
Fiz da Vila, cidade
Vindo de além mar
Eu sou a história
Tenho muito pra te contar

Êêê, o meu nome é expressão popular
Êêa, o clamor a liberdade
Imortal
Capoeira, Capoeira

Valei-me, valei, sou arte
Cabra da peste sonhador
Malandro “guerreiro”, felomenal
Ao som da Tropicália dei o tom
Personagens criei
O terror em cartaz
Roda Viva em cena
Eu sou a face da grandeza desse povo
A metamorfose dessa pátria mãe gentil
Muito prazer, Zé do Brasil!
 
 
Análise do Samba

A escola de samba Mancha Verde é uma das minhas favoritas quando o assunto é samba enredo dos últimos anos. Ano de 2016 a escola teve o melhor samba do grupo de acesso, lembrando que é uma reedição de 2005. De alguns anos pra cá o meu samba favorito de todas as escolas de samba é da própria Mancha Verde e o ano foi 2012 quando falou de Odu Obará, tendo um samba maravilhoso e inesquecível.

O enredo da Mancha Verde é sobre os Josés espalhados pelo Brasil, sendo eles artistas, expressões populares e nomes notáveis, sendo um dos enredos mais interessantes do carnaval paulistano e que realmente dá o tom de carnaval.

Para composição da letra do samba a escola contou com um time de quatro autores, porém na minha opinião não achei a letra esplêndida, apesar de ser boa para cantar. Enfim, o desconto de quatro décimos é um para cada verso, mas ainda achei a segunda estrofe menos criativa e vi a tentativa de colar pedaços do quebra cabeça para ajustar bem a sinopse que infelizmente torna muitos sambas regulares e ainda acho que essa regra de como escrever samba poderia mudar, ou seja, ser mais livre, mas não escapando totalmente do enredo. 

Nos vocais temos Freddy Vianna que é um dos mais espetaculares interpretes de sambas enredos que temos e gostei da forma que cantou o samba, indo bem e dando vida a boa parte dos versos e palavras com destaque a primeira estrofe que ele entoa de forma impecável.



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